sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Condições Ambientais e Socioeconômicas


No estado de Pernambuco, 65% das famílias vivem em casas próprias ou em aquisição, as demais habitam imóveis alugados e cedidos, aproximadamente 17% em ambos os casos. Na maior parte dos domicílios, três ou mais pessoas dormem no mesmo cômodo o que representa uma condição desfavorável para a saúde. Comparado ao ano de 1997, o regime de ocupação das moradias praticamente não se alterou, enquanto aumentou a média de pessoas ocupando o mesmo cômodo de dormir.

 Existe ainda um déficit na rede de abastecimento de água da ordem de 20%. Essa condição retrata sobretudo a situação da zona rural, uma vez que nas áreas urbanas a cobertura dos domicílios pelos serviços públicos de distribuição deste insumo é de 97%. Na RMR o acesso à rede geral é praticamente universal, favorecendo 99% das famílias estudadas.

 Em relação aos esgotos sanitários, apesar dos avanços observados em relação ao ano de 1997, quando a cobertura era de 30%, o déficit é ainda considerável: apenas metade das famílias dispõe de esgotos conectados à rede geral (50%), sendo essa ocorrência de 73% no interior urbano, 56% na RMR e 3% na zona rural.

 A distribuição de energia elétrica atinge quase todos os domicílios visitados (99%). O fogão a gás, a televisão e aparelhos de rádio e som são os bens de consumo mais accessíveis, presentes em mais de 80% dos domicílios visitados.

 Da população economicamente ativa de mais de 20 anos de idade, o percentual de pessoas que trabalham (48%) é apenas um pouco superior aquele dos que não trabalham ou se acham desempregados (40%). Esta distribuição, que inclui ainda mais 12% de aposentados, apresenta pequenas variações nos espaços geográficos pesquisados.

 Para o conjunto do Estado, menos de das pessoas ocupadas tem contrato de trabalho formalmente estabelecido (carteira profissional assinada). Sistematicamente, esta situação favorece aos homens, desde que apenas metade das mulheres em cada estrato geográfico tem carteira assinada.

 A condição de analfabetismo no Estado é ainda bastante elevada: considerando os maiores de 20 anos, 25% não sabem ler e escrever. Esta situação mais do que duplica no meio rural (57%).

 A distribuição entre gerações dos níveis de escolaridade demonstra que os grupos mais jovens se encontram numa situação incomparavelmente mais favorável, seja pela redução do analfabetismo (4% nos jovens de 15 a 19 anos), seja pelas vantagens em termos de anos de escolaridade formal. Entre aqueles que possuem nove anos ou mais de estudo, 43% se situam na faixa etária de 20 a 40 anos e 19% tem 40 anos e mais.